O Na Palma do Banjo é mais do que um grupo musical: é uma experiência cultural que resgata a essência do samba em sua forma mais pura. Inspirado nas primeiras rodas de samba, o projeto valoriza o canto que vem do peito, o ritmo marcado pela palma da mão e o compasso do banjo, instrumento que dá nome ao grupo.
A proposta é simples, mas poderosa: criar um espaço de encontro onde músicos e público se conectam de forma direta, sem barreiras. O público não é apenas espectador, mas parte ativa da roda, cantando junto e celebrando a tradição do samba. Essa interação transforma cada apresentação em um momento único e inesquecível.
No repertório, o grupo traz clássicos do samba de raiz, reverenciando nomes como Fundo de Quintal, Jorge Aragão, Beth Carvalho, Arlindo Cruz, Jovelina Pérola Negra, Zeca Pagodinho, Mauro Diniz e Roberto Ribeiro. Cada canção é escolhida para manter viva a memória e a força dessa cultura popular.
A origem do Na Palma do Banjo
O Na Palma do Banjo nasceu do sonho de três amigos apaixonados pelo samba: Renato Guilhermon, Enio Almeida e Thiago Lima. Unidos pela música e pela amizade, eles decidiram criar um projeto que fosse além do entretenimento, um verdadeiro resgate da essência do samba acústico.
O que começou como uma ideia entre amigos ganhou forma com dedicação, coragem e apoio da comunidade. Aos poucos, o grupo cresceu e se consolidou como uma referência em rodas de samba autênticas. Hoje, conta com oito banjeiros e sete percussionistas, formando uma sonoridade rica e envolvente.
Segundo Renato Guilhermon, um dos fundadores, o projeto é uma experiência viva: “O Na Palma do Banjo é uma roda acústica e envolvente, onde a música é compartilhada no olho no olho, no sorriso aberto e no calor da presença. Onde o samba é mais que som, é encontro”.
A importância do banjo no samba
O banjo é um dos instrumentos mais marcantes do samba de raiz e ocupa papel central no Na Palma do Banjo. Sua sonoridade metálica e vibrante dá o compasso da roda, criando uma base rítmica que sustenta o canto e a percussão.
Historicamente, o banjo foi incorporado ao samba nos anos 1970, principalmente pelo grupo Fundo de Quintal, que revolucionou a forma de tocar e ouvir samba. Desde então, tornou-se símbolo de autenticidade e inovação dentro do gênero.
No projeto, o banjo não é apenas um instrumento, mas também um elo entre passado e presente. Ele conecta a tradição dos grandes mestres com a energia das novas gerações, mantendo viva a chama do samba.
Na Palma do Banjo e o resgate da tradição
Um dos grandes diferenciais do Na Palma do Banjo é o compromisso com a preservação da tradição. Em tempos de produções digitais e shows grandiosos, o grupo aposta no formato acústico, simples e verdadeiro.
Essa escolha não é apenas estética, mas também cultural. Ao valorizar o canto coletivo, a palma da mão e a proximidade com o público, o projeto resgata a essência das primeiras rodas de samba, realizadas em quintais e comunidades.
Além disso, o grupo reforça a importância da memória musical. Ao interpretar clássicos de grandes sambistas, mantém viva a herança cultural e garante que novas gerações tenham contato com a riqueza do samba de raiz.
A experiência de participar de uma roda Na Palma do Banjo
Assistir a uma roda do Na Palma do Banjo é muito mais do que ouvir música: é viver uma experiência coletiva. O público é convidado a cantar, bater palma e se envolver com cada compasso.
Essa interação cria um ambiente caloroso e acolhedor, onde todos se sentem parte da roda. O samba deixa de ser apenas espetáculo e se transforma em encontro, em celebração da vida e da cultura.
Cada apresentação é única, pois depende da energia do público e da troca entre músicos e participantes. É essa espontaneidade que torna o projeto tão especial e inesquecível.
O impacto cultural do Na Palma do Banjo
O Na Palma do Banjo não é apenas um grupo musical, mas também um movimento cultural que fortalece a identidade do samba. Ao valorizar a tradição, o projeto contribui para a preservação de um dos maiores patrimônios culturais do Brasil.
Além disso, o grupo inspira novos músicos e fomenta a cena cultural local. Sua atuação mostra que é possível unir qualidade musical, autenticidade e engajamento comunitário em um mesmo projeto.
O impacto vai além da música: o Na Palma do Banjo promove encontros, fortalece laços sociais e reafirma o samba como expressão de resistência, alegria e identidade.
O futuro do Na Palma do Banjo
O projeto segue crescendo e conquistando novos espaços. Com apresentações em diferentes cidades, o Na Palma do Banjo leva sua proposta a públicos diversos, sempre mantendo a essência do samba acústico.
Os planos para o futuro incluem a gravação de registros audiovisuais, a realização de oficinas culturais e a ampliação das rodas de samba em comunidades. A ideia é expandir o alcance sem perder a autenticidade que caracteriza o grupo.
Mais do que um projeto musical, o Na Palma do Banjo se consolida como um movimento cultural que inspira, emociona e conecta pessoas através da música.
O samba na palma da mão e no coração
O Na Palma do Banjo é um exemplo vivo de como a música pode unir tradição e inovação, mantendo-se fiel às raízes e, ao mesmo tempo, dialogando com o presente.
Com sua proposta acústica e participativa, o grupo resgata a essência das rodas de samba e oferece ao público uma experiência única, marcada pela emoção e pela coletividade.
Mais do que um espetáculo, o Na Palma do Banjo é um encontro de almas, um espaço onde o samba é celebrado na palma da mão e no coração de cada participante.
SERVIÇO
Na Palma do Banjo
Data: 01/11/2025
Endereço: Praça Lima Barreto (em frente ao CIEP José Pedro Varela)
Centro – Rio de Janeiro – RJ
Horário: 14 horas

Andre Borges, historiador e pesquisador sobre o Rio de Janeiro. Eu sempre gostei da história do Rio de Janeiro, queria contribuir para a cidade, mas não sabia como, queria uma maneira lúdica de contar a história desta cidade e informar, aí veio a ideia do Blog Giro 0800.








