A Exposição Borrão é um convite para mergulhar em um universo onde palavra e imagem se encontram em constante transformação. Inspirada pela poesia concreta brasileira, a mostra reúne 61 artistas visuais que exploram a linguagem em suas múltiplas formas. O evento acontece no Memorial Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, com entrada gratuita, e ficará em cartaz até 18 de janeiro de 2026.
Mais do que uma simples exposição, “Borrão” é uma experiência sensorial e conceitual. O público é convidado a refletir sobre os limites da arte, da linguagem e da percepção, em um espaço que valoriza o inacabado, o imperfeito e o transitório.
Com curadoria de Amanda Leite e Cota Azevedo, a mostra propõe um diálogo entre diferentes linguagens artísticas, criando um território fértil para a experimentação e a descoberta.
Exposição Borrão: um espaço expandido de reflexão
A proposta da Exposição Borrão é romper com a ideia de arte como algo estático e definitivo. Em vez disso, a mostra apresenta obras que se transformam diante do olhar do espectador, revelando novas camadas de sentido a cada observação.
Esse caráter mutável é inspirado na poesia concreta, movimento que revolucionou a forma de pensar a palavra no Brasil. Assim como os poetas concretos exploravam a disposição gráfica do texto, os artistas da exposição utilizam diferentes suportes para expandir a linguagem.
O resultado é um espaço expandido de reflexão, onde o borrado, o ruído e o inacabado não são falhas, mas sim potências criativas que abrem caminhos para novas leituras do mundo.
A força da poesia concreta na Exposição Borrão
A poesia concreta brasileira, surgida nos anos 1950, é uma das grandes inspirações da mostra. Esse movimento literário rompeu com a linearidade do texto e passou a explorar a palavra como forma visual, sonora e espacial.
Na Exposição Borrão, essa herança se manifesta em obras que transformam letras em imagens, palavras em gestos e frases em instalações. O texto deixa de ser apenas leitura e passa a ser experiência.
Dessa forma, a mostra não apenas homenageia a poesia concreta, mas também a reinventa, trazendo-a para o presente em diálogo com linguagens contemporâneas como a videoarte, a fotografia e a instalação.
Curadoria da Exposição Borrão: Amanda Leite e Cota Azevedo
A curadoria da Exposição Borrão é assinada por Amanda Leite e Cota Azevedo, que buscaram criar um ambiente de pluralidade e experimentação. Para eles, a arte não deve ser vista apenas como objeto, mas como linguagem em constante transformação.
Segundo os curadores, a mostra nasce do desejo de pensar a arte como um território de encontro entre palavra e imagem. Nesse espaço, o gesto se torna discurso, o olhar se transforma em pensamento e o erro ganha potência criativa.
Essa visão curatorial permite que o público vivencie a exposição não apenas como observador, mas como participante ativo de um processo de descoberta e reflexão.
Diversidade de suportes e linguagens artísticas
Um dos pontos mais marcantes da Exposição Borrão é a diversidade de suportes utilizados pelos artistas. O público encontrará instalações, objetos, colagens, serigrafias, fotografias, videoarte e desenhos.
Essa variedade amplia as possibilidades de leitura e cria um ambiente dinâmico, onde cada obra dialoga com as demais. O visitante é levado a transitar entre diferentes linguagens, percebendo como todas se conectam em um mesmo fluxo criativo.
Ao reunir tantas formas de expressão, a mostra reforça a ideia de que a arte é um campo aberto, em constante mutação, que ultrapassa molduras, espaços expositivos e até mesmo a imaginação.
Exposição Borrão: o diálogo entre artistas e público
Mais do que apresentar obras, a Exposição Borrão busca estabelecer um diálogo entre artistas e espectadores. A proposta é transformar a visita em uma experiência participativa, onde cada pessoa pode construir sua própria leitura das obras.
Esse caráter interativo aproxima a arte do público, tornando-a mais acessível e significativa. Em vez de impor interpretações, a mostra abre espaço para múltiplos sentidos e perspectivas.
Assim, a exposição se torna um campo fértil de pensamento crítico, estimulando reflexões sobre linguagem, identidade, cultura e sociedade.
O valor do inacabado e do imperfeito
Um dos conceitos centrais da Exposição Borrão é a valorização do inacabado e do imperfeito. Em um mundo que muitas vezes busca a perfeição e a clareza absoluta, a mostra celebra o borrado, o ruído e o erro como fontes de criatividade.
Essa abordagem convida o público a repensar sua relação com a arte e com a vida. Afinal, é no inacabado que muitas vezes encontramos espaço para a imaginação, para o inesperado e para o novo.
Ao destacar o valor do imperfeito, a exposição também questiona padrões estéticos e sociais, propondo uma visão mais aberta e inclusiva da criação artística.
Exposição Borrão como ato de resistência
A Exposição Borrão também pode ser entendida como um ato de resistência. Em tempos de excesso de informações rápidas e superficiais, a mostra propõe uma pausa para reflexão, sensibilidade e invenção.
A arte, nesse contexto, se apresenta como um espaço de liberdade, onde é possível experimentar, questionar e criar sem amarras. O borrado, longe de ser um defeito, torna-se símbolo de resistência contra a rigidez e a padronização.
Assim, a exposição reafirma o papel da arte como ferramenta de transformação social e cultural, capaz de abrir novos horizontes de pensamento.
Experiência sensorial e conceitual para todas as idades
Outro aspecto importante da Exposição Borrão é sua abertura para públicos de todas as idades e vivências. Crianças, jovens e adultos podem encontrar na mostra diferentes formas de se conectar com a arte.
Enquanto alguns visitantes podem se encantar com a estética visual das obras, outros podem se aprofundar em suas camadas conceituais. Essa multiplicidade de leituras torna a exposição inclusiva e democrática.
Além disso, a entrada gratuita amplia o acesso, permitindo que mais pessoas possam vivenciar essa experiência artística única no Rio de Janeiro.
Exposição Borrão: datas, local e informações práticas
A Exposição Borrão acontece no Memorial Getúlio Vargas, localizado no Rio de Janeiro. A abertura oficial será no dia 1º de novembro, e a mostra ficará em cartaz até 18 de janeiro de 2026.
O horário de visitação segue a programação do espaço cultural, e a entrada é totalmente gratuita. Essa acessibilidade reforça o caráter democrático da exposição, que busca aproximar a arte do público em geral.
Para quem deseja explorar novas formas de linguagem e experimentar a arte de maneira expandida, a visita à Exposição Borrão é imperdível.
Conclusão: por que visitar a Exposição Borrão
Visitar a Exposição Borrão é mergulhar em um território de experimentação, onde palavra e imagem se encontram em constante transformação. A mostra celebra a poesia concreta, valoriza o inacabado e propõe novas formas de pensar a arte.
Com curadoria cuidadosa, diversidade de suportes e abertura para múltiplas interpretações, a exposição se apresenta como um espaço de resistência, invenção e sensibilidade.
Mais do que um evento cultural, “Borrão” é uma experiência poética e transformadora, que convida o público a enxergar o borrado não como fim, mas como início de algo novo.
FAQs sobre a Exposição Borrão
1. O que é a Exposição Borrão?
A Exposição Borrão é uma mostra coletiva de arte contemporânea que reúne 61 artistas brasileiros, explorando a relação entre palavra, imagem e espaço.
2. Onde e quando acontece a Exposição Borrão?
A exposição acontece no Memorial Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, de 1º de novembro de 2025 até 18 de janeiro de 2026.
3. A entrada para a Exposição Borrão é gratuita?
Sim, a entrada é totalmente gratuita, permitindo que pessoas de todas as idades possam participar.
4. Quais tipos de obras estão presentes na mostra?
A exposição reúne instalações, colagens, fotografias, serigrafias, videoarte, objetos e desenhos, criando um ambiente de diversidade artística.
5. Qual é a inspiração da Exposição Borrão?
A mostra é inspirada pela poesia concreta brasileira e busca valorizar o inacabado, o borrado e o imperfeito como potências criativas
SERVIÇO
Exposição Borrão
Memorial Getúlio Vargas
Endereço: Praça Luís de Camões s/nº – Subsolo
Glória – Rio de Janeiro – RJ
Abertura: 1 de novembro de 2025 – das 15h às 17h
Encerramento: 18 de janeiro de 2026
Visitação: quarta a domingo, das 10h às 17h
Entrada gratuita
Andre Borges, historiador e pesquisador sobre o Rio de Janeiro. Eu sempre gostei da história do Rio de Janeiro, queria contribuir para a cidade, mas não sabia como, queria uma maneira lúdica de contar a história desta cidade e informar, aí veio a ideia do Blog Giro 0800.





