Neste Dia Nacional do Samba, os trilhos da história se convertem em uma sinfonia viva, entrelaçando-se com a melodia contagiante que ecoa como a verdadeira alma do Brasil. O Trem do Samba transcende o mero evento festivo; é uma reverência aos audaciosos pioneiros do século 20, que, como viajantes noturnos, buscavam refúgio nos vagões, desafiando a repressão policial que tentava, em vão, silenciar o pulsar do gênero musical mais amado do país.
Ao adentrar os vagões do Trem do Samba, os participantes são transportados para uma era de resistência e criatividade desafiadora. Os primeiros compassos do século 20 ressoam, revelando a coragem daqueles que, sob o céu estrelado, encontravam nos trilhos uma via de escape, uma trilha sonora de liberdade em meio à repressão.
Mais do que uma simples celebração, o Trem do Samba é um tributo à riqueza cultural que emana das raízes do Brasil. O samba, com sua batida única e letras carregadas de história, é mais do que música; é um diálogo contínuo entre passado, presente e futuro. Nas carruagens do trem, essa jornada se desdobra, revelando o quanto a música pode transcender barreiras e conectar corações.
Cada acorde, cada nota, é uma homenagem aos pioneiros destemidos que desafiaram as adversidades para garantir que o samba não apenas sobrevivesse, mas florescesse. Enquanto o Trem do Samba corta os trilhos, é impossível não sentir a presença daqueles que abriram caminho para a expressão artística e social que hoje ressoa em todo o país.
Marquinho de Oswaldo Cruz: O Maestro dos Trilhos Sambistas
Nessa envolvente jornada musical, emerge a figura carismática de Marquinho de Oswaldo Cruz, o maestro habilidoso que assume o comando do “Trem do Samba”. Dotado de uma batuta mágica, ele não apenas conduz a festa, mas insufla vida nas notas que ecoam nos corações vibrantes dos sambistas e na alma dos apreciadores dessa tradição musical tão rica.
Marquinho, com sua maestria singular, não é apenas um regente; é um contador de histórias por meio da música. Sua batuta é como um pincel mágico que pinta paisagens sonoras, revelando narrativas profundas e emocionantes. Cada gesto seu é uma declaração de amor ao samba, uma celebração da diversidade melódica que permeia a cultura brasileira.
No palco Dona Ivone Lara, a magia se desenrola à medida que Marquinho de Oswaldo Cruz assume seu papel como mestre de cerimônias da celebração. Sua batuta não apenas regula o ritmo, mas cria uma atmosfera onde a música se torna uma experiência imersiva. É mais do que uma performance; é uma comunhão de almas através da linguagem universal do samba.
A cada movimento de sua batuta, Marquinho de Oswaldo Cruz deixa uma marca indelével no Trem do Samba. Seu legado transcende a festividade, tornando-se parte integrante da história viva do samba. Como um guardião da tradição, ele assegura que cada nota ressoe não apenas no presente, mas ecoe eternamente nos corações e memórias daqueles que embarcam nessa mágica jornada musical.
Sinfonia na Central do Brasil: Palco Dona Ivone Lara
Às 15h, a festa tem início no imponente palco Dona Ivone Lara, erguido na majestosa Central do Brasil. Marquinhos de Oswaldo Cruz e a velha guarda da Mangueira, Portela, Salgueiro, Vila Isabel e Império Serrano tomam o palco, transformando a estação em um espetáculo de cores e sons.
Embarque na Nostalgia com Paulo da Portela – Trem do Samba
No exato horário em que Paulo da Portela iniciava sua jornada rumo a Oswaldo Cruz, a festa ganha um novo ritmo. Três locomotivas aguardam na plataforma 2, ansiosas para transportar os passageiros dessa experiência única. O primeiro trem, exclusivo para convidados, parte com destino ao passado, seguido pelos comboios das 18h34 e 19h04, cada um repleto de sambistas animando a viagem.
O Destino Final da Festa Sambista – Trem do Samba
Ao chegarem a Oswaldo Cruz, a festa extravasa pelas ruas. O samba contagia cada esquina, e os shows continuam ecoando alegria e celebração. É mais do que um evento; é uma imersão na cultura, uma viagem pelos trilhos do passado que moldaram o presente musical do Brasil.
O Trem do Samba não é apenas uma festa, é uma ode à resistência, uma celebração da cultura que persiste e resiste, guiada pelos trilhos da paixão pelo samba. Em cada acorde, em cada batida do tambor, sentimos a pulsante energia dessa jornada musical que conecta gerações e mantém viva a chama do samba no coração do povo brasileiro.
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SERVIÇO:
TREM DO SAMBA 2023
Data: 02/12/2023
Local: Central do Brasil / Oswaldo Cruz
Confira a programação:
Palco Dona Ivone Lara / Central do Brasil:
15h Marquinhos de Oswaldo Cruz
15h30 Velha Guarda da Vila Isabel
16h Velha Guarda do Salgueiro
16h20 Velha Guarda da Mangueira
16h40 Velha Guarda do Império Serrano
17h Apresentação de 20 reis momos do Brasil
Palco Mestre Candeia / Rua João Vicente – Oswaldo Cruz:
19h Projeto Criolice
20h40 Participação especial de Lazir Sinval
22h Fundo de Quintal
Palco Tia Doca / Rua Átila da Silveira – Oswaldo Cruz:
19h Terreiro de Crioulo
20h Participação especial de Mauro Diniz
22h Leci Brandão
Palco Ary do Cavaco / Praça Paulo da Portela – Oswaldo Cruz:
19h Velha Guarda da Portela
20h30 Fabiana Cozza
22h Martinho da Vila
Andre Borges, historiador e pesquisador sobre o Rio de Janeiro. Eu sempre gostei da história do Rio de Janeiro, queria contribuir para a cidade, mas não sabia como, queria uma maneira lúdica de contar a história desta cidade e informar, aí veio a ideia do Blog Giro 0800.